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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Técnicas : Baralho de Desirability

Podemos medir o gosto do usuário para avaliar sua experiência com o produto de software ?

A resposta é sim.

Para avaliar se o software ou sistema é preferencialmente positivo ou negativo, podemos adotar o conceito de Desirability, incluída como uma nova dimensão a analisar da usabilidade de nosso produto: a que corresponde aos sentimentos do usuário.

Medir desirability não é tão simples devido à sua intangibilidade. Como descrito em [Benedek e Miner 2002], uma maneira muito comum de se medir é através de Likert Scales. Esta técnica consiste em indicar uma sentença que expressa uma relação emocional e pedir ao usuário que informe seu grau ele concordância.


Porém, constatou-se que os usuários costumam avaliar de forma similar e positiva. Além disso, as sentenças escolhidas para fazer parte do questionário nem sempre abrangem todos os detalhes importantes (feedback limitado). Ainda, a análise qualitativa de Likert Scales é complexa. [Benedek e Miner 2002] sugere então algumas novas abordagens, e entre elas, foi adotado o Baralho de desirability. Esta técnica consiste no uso de um baralho cujas cartas contêm palavras que evocam emoções, correspondendo a um sentimento, sendo este positivo ou negativo

A avaliação pode ocorrer em duas fases. Na primeira fase, o baralho é espalhado na mesa de teste e o facilitador orientava o sujeito a escolher apenas cinco cartas que melhor correspondiam ao sentimento do sujeito em relação ao uso do produto que acabava de testar. Num segundo momento, com o mesmo baralho, o sujeito era convidado a escolher mais cinco cartas que representavam da melhor maneira o software ideal para o mesmo. Analisar as escolhas permite determinar as características priorizadas pelos usuários, e o quão próximo o sistema estava deste.


Fonte  : Gomes, A. S.; Araújo,C.R.; Arruda,A.D.; S, A.; Sultanum,N.B; Paiva, L.J.; Menezes,L.A. PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA NO DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES EDUCATIVAS COMPUTACIONAIS PARA O ENSINO DE ESTRUTURAS ADITIVAS. UFPE 2006.

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