Pesquisar este blog

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DESIGN CENTRADO NO USUÁRIO


Para desenvolver uma usabilidade adequada, é necessário que se pense desde o início do projeto naquele que é o maior interessado em que o aplicativo seja simples e fácil: o usuário final. Ele, por não ter (em geral) contato com o projeto, desconhece detalhes de implementação; por isso, a sua principal via de comunicação e conhecimento do aplicativo é a interface, que deve suportar o “diálogo” entre este e o usuário. Desta forma, deve-se conhecer o escopo, as limitações e os anseios do usuário desde o início do projeto, voltando-se os olhos não só para a robustez e eficiência do sistema, mas também para as necessidades do usuário, o que conduz o projeto ao que comumente se denomina “Design Centrado no Usuário”.


Fig. 1. O design centrado no usuário dá menos ênfase ao aspecto funcional, ressaltando o aspecto humano.


Dois autores primais de IHC e usabilidade, Gould e Lewis, postularam em 1985 três princípios para efetuar o Design Centrado no Usuário:


Foco inicial em Usuários e Tarefas (ao invés de funcionalidades);
Avaliação empírica (com usuários) da usabilidade do produto;
O produto deve ser projetado, modificado e testado repetidamente, a cada fase do ciclo de desenvolvimento (design iterativo).


Uma empresa que cuide em fazer o design do seu aplicativo pensando no usuário vai ter que adequar a sua linha de produção para contemplar os subsídios que serão fornecidos pelo usuário. Isto vai desde a análise de requisitos (onde poderão ser feitos protótipos não-funcionais e simples para a avaliação dos componentes da interface) até as fases de testes e implantação do sistema (onde os usuários podem avaliar protótipos funcionais, ou mesmo uma versão beta). Nestas avaliações, os usuários detectarão, em conjunto com os especialistas em usabilidade, quais são os pontos fracos da interface, onde ela não consegue comunicar a eles quais as funções acessíveis através destes.


Fig. 2. O Design Centrado no Usuário é, preferencialmente, iterativo


A aplicação de um design voltado para o usuário, utilizando avaliações de usabilidade durante todo o ciclo de desenvolvimento de software, resulta em vários benefícios para a empresa que a adotar:


  • Menores custos de desenvolvimento: muitos erros de usabilidade são devidos a uma má concepção da mesma, derivada da fase inicial (análise de requisitos). Então, se esses erros forem detectados nessa fase, sem a necessidade de desenvolvimento de protótipos, torna-se fácil corrigi-los, o que acarreta menores custos de desenvolvimento.
  • Redução do tempo de projeto: a correção de erros em fases iniciais de projeto, enquanto a interface ainda está em um protótipo não funcional, faz com que os erros sejam detectados mais cedo; assim, não será necessário um retrabalho em relação ao desenvolvimento, o que acarreta uma diminuição no tempo de projeto.
  • Menores custos de manutenção e suporte: os produtos com uma boa usabilidade são mais fáceis de instalar e de aprender a usar, o que resulta em uma redução em custos de aprendizagem e de suporte.
  • Vantagem competitiva: Produtos mais fáceis de usar são, em geral, mais simples de vender. Isso se torna mais premente quando o produto é um aplicativo, usualmente utilizado para facilitar tarefas junto ao ser humano (usuário).
  • Fidelização do cliente: é natural que um cliente satisfeito com a usabilidade do aplicativo adquirido volte a procurar os desenvolvedores do mesmo, caso precise de outra solução em software.

Nenhum comentário:

Postar um comentário