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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Afinal, como definir a usabilidade?

Usabilidade é o sinônimo de facilidade de uso. Se um produto é fácil de usar, o usuário tem maior de produtividade: aprende mais rápido a usar, memoriza as operações e comete menos erros.
Segundo (ISO/IEC 9126), “usabilidade refere-se à capacidade de uma aplicação ser compreendida, aprendida, utilizada e atraente para o usuário, em condições específicas de utilização”. Usabilidade é, em outras palavras, a qualidade de um aplicativo que o torna fácil de ser usado para executar as funções ao qual ele foi destinado. Isso significa que aquele editor de textos devia, entre outras coisas, ter as seguintes características:


  • Ser fácil de aprender: coloque uma interface muito complicada ou diferente do que o usuário está acostumado, e veja o desastre acontecer. De camarote.
  • Ser fácil de usar: não é nada agradável quando você tem que apertar Shift + Insert + F12 para abrir um Menu de Formatação de texto, você concorda?
  • Ser fácil de memorizar: tudo deve ser lógico, todos os itens devem ser claros e estar em seus respectivos lugares.
  • Ser agradável de usar.


O cuidado com a usabilidade é um item que vem sendo abordado há pouco tempo, relativamente. A disciplina de IHC (Interação Humano-Computador), a qual aborda os temas relacionados à usabilidade, tem apenas 35 anos. Isso faz sentido, quando pensamos que os computadores pessoais surgiram por volta de 30 anos atrás, com a criação do Apple II (1977). Antes, apenas pessoas especializadas mexiam com os computadores, em geral mainframes, para manipulação de dados matemáticos e científicos. Com a popularização do computador, uma nova gama de aplicações surgiu para o usuário “doméstico”, e se fez necessário que o computador deixasse de ser uma “ferramenta para cientistas” para se tornar um item ao alcance de todos.


A usabilidade é um fator extremamente importante para dar rentabilidade e confiabilidade a um aplicativo, algo extremamente importante quando estamos tratando com empresas de desenvolvimento de software. Um aplicativo fácil de usar e aprender é um aplicativo fácil de vender, porque o usuário está interessado em um aplicativo que facilite a vida dele: o lema aqui é automatizar, e não, fazer raciocinar. Cada minuto que o usuário gastar tentando encontrar uma função é tempo perdido, precioso para que ele cumpra a tarefa. Nesse tempo, em vez de ele conseguir terminar o seu trabalho, ele acaba procurando informações externas, subsídios que possam ajudá-lo (leia-se: Google e fóruns, porque muito poucos procuram o sistema de ajuda do aplicativo). Assim, o seu rendimento cai, a sua paciência vai se esgotando e o usuário, quando achar algum aplicativo mais fácil de ser usado naquela área, vai acabar trocando.


Pior ainda é quando estamos tratando de sites e aplicativos online, e um bom exemplo disso são os sites de compras (e-commerce). Funções de compra ambíguas ou difíceis de achar, falta de feedback do andamento da compra e formulários quilométricos são alguns dos problemas que os usuários enfrentam quando vão comprar qualquer artigo na Internet, de livros à medicamentos. Como o usuário não entra na internet para perder seu tempo e paciência, acaba abandonando o site em busca de outro que ofereça uma maior usabilidade. Uma das maiores autoridades em usabilidade no mundo, Jakob Nielsen, pesquisou a respeito e afirma que a esmagadora maioria dos usuários (83%) tende a sair de um site com problemas notórios de usabilidade em 10 segundos, mais ou menos. Quer dizer: não adianta um site oferecer produtos e serviços a baixo custo e de boa qualidade. Se o site não tiver uma usabilidade adequada, poucas pessoas se disporão a gastar sua paciência tentando fazer compras nele.

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